Ação da Hitachi bate recorde na bolsa

O conglomerado japonês Hitachi recebeu o impulso que faltava na bolsa para bater recorde na cotação de seus títulos. A empresa fabrica elevadores, trens e eletrodomésticos, entre outros produtos, e também é provedora de serviços digitais (TI). | Tudo sobre o fundo assessorado por elEconomista, Tressis Portfolio Eco30.

As ações da Hitachi subiram 5,90% na bolsa de Tóquio esta terça-feira e atingiram os 6.258 ienes (cerca de 47,4 euros ao câmbio atual), um novo máximo histórico da empresa nipónica. Até agora este ano, as ações da Hitachi subiram cerca de 54%.

Mas a empresa ainda tem uma corrida na bolsa pelos próximos doze meses, especificamente, até 6.726,82 ienes, o que representa um potencial de valorização de 7,5%, segundo o consenso de analistas colhidos pela Bloomberg. Alguns especialistas vão além e avaliam a ação em 7.000 ienes, como é o caso da equipe de análise do Nomura; ou a 7.500 ienes, no caso da Mizuho Securities.

Assim, ao quebrar a barreira dos 6.000 ienes, a ação da Hitachi superou o recorde anterior: 5.972,7 ienes de 1999.

A empresa japonesa prevê investir 300.000 milhões de ienes, cerca de 2.300 milhões de euros, em I&D no setor médico e de saúde, conforme publicado há dias Nikkei Ásia. Desse montante, metade será utilizada como fundo de desenvolvimento para financiar fusões e aquisições. Além disso, a empresa pretende acelerar o desenvolvimento de tecnologias próprias.

A Hitachi concentrará investimentos e recursos em campos onde as tecnologias de análise de dados podem ser usadas, como avaliação de risco de doenças e desenvolvimento de medicamentos regenerativos em um mundo pós-pandêmico.

De acordo com o Nikkei Asia, a Hitachi espera aumentar as vendas de seus produtos médicos e de saúde para cerca de 360 ​​bilhões de ienes no ano fiscal de 2024, o que seria 70% a mais do que foi vendido em 2021.

“A Hitachi montou uma estrutura corporativa capaz de alcançar um crescimento sustentado do lucro”, apontam eles da Mizuho Securities

A empresa japonesa desfez-se do seu negócio de diagnóstico por imagem e vendeu-o à Fuji Film Holdings, adquirindo também 100% do capital da Hitachi High-Tech Corporation, que se dedica às tecnologias de medição e análise. Um movimento que se enquadra na estratégia da Hitachi de passar de hardware para o Programas.

No final de maio, a empresa japonesa apresentou os resultados correspondentes ao quarto trimestre do ano fiscal de 2021 (vai adiantado). Da Mizuho Securities, eles acreditam que “o poder de compra da empresa melhorou mais do que o esperado, principalmente em áreas como TI [tecnologías de la información] e automotivo”.

Da mesma forma, da empresa de investimentos asiática, eles destacam que neste período a Hitachi anunciou a aquisição da Global Logic, a venda da Hitachi Metals e que concluiu a reestruturação da maior parte de seus negócios.

“Com essas mudanças, a Hitachi montou uma estrutura corporativa capaz de alcançar um crescimento sustentado dos lucros”, destacam Mizuho. “Com grandes aquisições quase concluídas, esperamos que a empresa passe a usar o fluxo de caixa livre para aumentar o retorno aos acionistas”, destacam, acrescentando que veem potencial de valorização para as ações.


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